João Fellet
Da BBC Brasil em São Paulo
Estudo confirma que renda dos brasileiros está aumentando
Um estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgado nesta semana indica que, com a adesão de 29 milhões de membros entre 2003 e 2009, a classe C passou no ano passado a representar mais da metade (50,5%) da população brasileira e ultrapassou as classes A e B em poder de compra.
O levantamento foi feito com base nas informações da última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta semana pelo IBGE.
Intitulado A nova classe média: o lado brilhante dos pobres e coordenado pelo economista Marcelo Côrtes Neri, o estudo destaca, entre outros fatores, a ascensão da classe C (grupo com renda domiciliar mensal entre R$ 1.126 e R$ 4.854) e a progressiva diminuição da pobreza e da desigualdade social no território brasileiro nos últimos anos.
Chamada de “nova classe média” no estudo, a classe C passou a englobar mais da metade dos brasileiros (94,9 milhões de pessoas) pela primeira vez. Em 2008, 91,7 milhões de pessoas pertenciam ao grupo, ou 49,2% do total.
O grupo também passou a ser dominante do ponto de vista econômico: ao concentrar 46,24% do poder de compra dos brasileiros, superou as classes A e B, com 44,12%.
Lição de casa
Segundo o estudo, a mudança se deve principalmente ao aumento do emprego formal no país, que duplicou desde 2004, e ao aumento da escolaridade dos integrantes da classe.
“O brasileiro fez a lição de casa, porque gerou renda e estudou. Ele é o personagem dessa transformação, ninguém fez isso por ele”, disse Neri na apresentação do estudo, rejeitando a crença de que as mudanças foram impulsionadas por programas sociais como o Bolsa Família ou os de microcrédito.
O inchaço da classe C ocorreu em paralelo à diminuição das classes D e E, que foram reduzidas de 96,2 milhões em 2003 para 73,2 milhões em 2009. Ou seja, o equivalente a meia população da Grã Bretanha foi incorporado às classes A, B e C nos últimos sete anos.
As classes A e B, aliás, foram as que mais cresceram em termos relativos no período: 39,61%. O grupo, composto por cerca de 20 milhões de pessoas, corresponde a 10,5% da população brasileira.
Redução da desigualdade
Apesar do notável crescimento relativo das classes A e B, a renda per capita do grupo tem crescido num ritmo menor do a dos mais pobres. Entre 2001 e 2009, ela aumentou 1,49% ao ano, enquanto a dos mais pobres cresceu à taxa de 6,79% anuais.
Como resultado, a desigualdade social está próxima do menor nível desde o início dos registros, em 1960, adotando-se como referência o índice Gini.
O coeficiente, que varia de 0 (expressa igualdade total) a 1 (desigualdade máxima), atingiu 0,54 em 2009, ante 0,53 em 1960. No ápice, em 1990, o valor chegou a 0,6.
Para Neri, a redução da desigualdade é um fator que diferencia o crescimento brasileiro do da Índia e da China. “Crescemos a taxas menores do que as deles, mas lá a desigualdade está aumentando.”
Mesmo com a redução, a desigualdade brasileira segue entre as dez maiores do mundo, e, mantido o ritmo de crescimento, seriam necessários 30 anos para que ela chegasse ao nível dos Estados Unidos
Para eu não acredito, sinto muito, mais o índice de desemprego ainda é alto se esta estatística está certa eu não estou morando no Brasil.
ResponderExcluirRespeito mais não concordo. A miséria continua ainda , claro que não vamos acabar de um dia pra outro, mais o que acontece é que os governantes continuam se mantendo no poder através dos pequenos, os miseráveis, os pobres, com falsa "melhor qualidade de vida" dando esmolas como esse tal de bolsa família que faz com que os brasileiros se tornem uns párias, preguiçosps alcólotras e drogados. O que precisamos é dar valor aos que com suor e sangue durante anos trabalharam para se manter pelo menos na classe média e de acordo com o que vem acontecendo cada vez mais os salários estão sendo reduzidos fazendo com que os que antes eram da classe B se igualem aos da classe
ResponderExcluirC é por isso que a tal classe aumentou. Eles ainda se vangloriam com esses dados.
É uma pena! E tem mais acho que nós temos que acabar com esses nomes de classe A,B,C nós somos brasileiros e é melhor dizer que hoje existem os pobres os ricos(empresários ou herdeiros) e os afortunados do poder corrupto.(Políticos e Traficantes)
Williams
É realmente uma notícia alvissareira, embora é de se perguntar: por que isso não ocorreu antes? O brasileiro mudou de comportamento por algum motivo, algum incentivo, caso contrário não teríamos chegado ao ponto que chegamos, ou estou enganado? Realmente não foi alguém que fez isso por ele, mas alguém estimulou-o a fazer isso, des-pertou uma nação inteira, não foi só a classe C.
ResponderExcluirMinha querida amiga Sheila, boa noite!!!
ResponderExcluirNão poderia existir notícia melhor, ver o crescimento de nossos irmãos é maravilhoso... mas ainda tem muito por fazer... a meta prioritária de cada país deveria ser a erradicação da fome e o fim da pobreza em todo o mundo.
Parabéns pela excelente postagem, adorei!!!
Tenha um excelente domingo, recheado de muitas alegrias!!!
Beijos no coração e muita paz!!!